Inquietude em ti me encontro
Teu silêncio inteiramente me consome
O escuro do fechar os olhos apavora
Um ser que até aqui só chora
Vento que trás o refresco da memória
Som suave de folhas me acolhe
Luz fraca, raio do sol
Esconde em teu jazido uma flor
Cante, pássaro acolhedor
Teu pranto, ó nuvem, me refresca
E a calma em meu peito se instala
Hoje extinta é a humanidade
Eu apenas vivo para te adorar
Deus que criou cada folha desta árvore
Mostre a vida àquela pouca humanidade
É possível que haja sensibilidade
Abra os umbrais da morada eterna
Pois hoje vejo uma nuvem de alegria
Ó mãe natureza, guie meus passos na certeza
Quero teu ar nos meus pulmões
Andar segurando tuas mãos.