Pinacoteca de Brera, cidade de Milão, Itália.
(Mas espera aí, o que é uma Pinacoteca? Pinacoteca é uma galeria ou um museu voltado para a pintura)
Entre os museus italianos, Brera tem um caráter particular: coleções principescas e eclesiásticas que testemunham a cultura e o gosto dos grandes personagens e das cortes italianas em diversos momentos da civilização artística do país, junto ao núcleo de obras pictóricas formada por colecionadores e especialistas. Brera é o solene documento de uma cultura de base democrática e social. Inaugurada em 1809, foi efetivamente a primeira grande galeria de pintura organizada com uma precisa intenção de representação didática da história e dos valores da arte italiana desde o século XIV até o século XIX.
Um repertório amplo e abundante em obras procedentes dos Institutos religiosos, de Igrejas e Conventos, se oferecia à eleição dos especialistas encarregados de formar a Galeria . Assim, desde os frescos do século XIV lombardo dos seguidores do doce e intenso realismo de Giovani da Milano, as coleções de Brera seguem o fia da poesia encarnada em imagens simples e de comovente verdade, através de Foppa e Caravaggio, até as telas do século XVIII de Giacono Ceuti, enquanto mais alto e luminoso se desenvolve o curso da luminosa pintura veneziana, desde Bellini a Tiépolo, acompanham as estruturas ideais de Piero della Francesca, de Bramante e Rafael.
Obras primas de todos os tempos acentuam a farta trama das imagens sagradas e profanas criadas pela fantasia pictórica italiana, e assinalam os excelsos níveis de uma busca incessante. E é precisamente este desenvolvimento que constitui o caráter especial de Brera: um exemplo de consciência cívica como incentivo de novas conquistas espirituais.

História do Museu
Longínquas são as origens da sede e do nome da Pinacoteca de Brera. Os antigos escritores de temas milaneses referem o seguinte: em 1034, Algiso Guercio doou à confraria do Umiliati, uma casa ligada a uma vasta zona relvosa de cultivos e bosques, chamada braida, de onde o curto e aparentemente misterioso nome de Brera. A confraria, habitada por nobres, foi uma casa de atividade lanígera, onde produziu célebres tecidos e prosperou financeiramente. A casa também se tornou um colégio gratuito de ensino superior, comandada pelos jesuítas a serviço do papa Gregório XIII. Em 1773, após a dissolução dos jesuítas, o Colégio de Brera tornou-se propriedade do Estado e da imperatriz Maria Teresa da Áustria. Ao longo do século XIX, galerias, pátios e corredores foram projetados para acomodar os monumentos que devem celebrar publicamente artistas, benfeitores, homens de cultura e ciência por se estabelecerem em Brera.

Algumas obras da Geleria






O barroco teve um mestre e iniciador máximo em Caravaggio. Mas o mais visível nele não foi tanto o sentido de infinito, quanto o realismo de sua representação e o tenebrismo de seu claro-escuro.

O artista pintou inúmeras vezes o santo de Assis, e com muita frequência, numa certa similar à presente, que parecia especialmente apta ao estilo febril que o caracterizava.



Nessa pintura é mais evidente a impregnação romântica. Não só pelo tema central em si, mas pela impregnação medievalista que ele mesmo envolve.

O artista se foi detendo amorosamente na definição de cada um dos detalhes dessa prodigiosa obra-mestra e conseguiu, por acréscimo, dotá-la de uma grande densidade espiritual.
“Brera, uma das mais antigas coleções do mundo, tem apesar de sua preponderância veneziana, que é raro na Itália, país no qual cada lugar importante teve sua escola própria, os museus são quase como lembranças e supervivência da arte que se desenvolveu na região onde cada um se assenta”
Site da Pinacoteca: http://www.brera.beniculturali.it/
Por: Pedro Augusto Verdun