Encostado naquela porta e com as lágrimas escorrendo de meus olhos, percebi que nem sempre a razão vence.
Ela negou tudo o que havíamos planejado e se entregou a perdição me deixando só, sem aviso prévio e eu disse: não me deixe só.
Fingiu que não acreditava mais na nossa força para lutar e negou a resposta para meu sentimento que sempre havia respondido e eu disse: não me deixe só.
Me deu as costas sem que houvesse uma discussão, uma briga, um motivo pelo qual desistia. Sem que conquistasse parte de alguma razão a qual tenho em mente, sem me convencer mesmo que eu tenha dito: não me deixe só.
Ela se foi quando eu disse: não me deixe só.
E chorando cai ao chão, encostado ali naquela porta, sofrendo, sentindo dor, debruçado em saudade, com medo do escuro, com medo do inseguro, do som da minha voz.
E quando o sono chegou a meus olhos cansados eu percebi que nunca estive em melhor companhia, eu tinha a mim.